sábado, 30 de outubro de 2010

Açúcar – o inimigo silencioso!




Somos constantemente bombardeados com a lengalenga do colesterol. Mais parece uma matraca que outra coisa. Veja-se o marketing de produtos como o Actimel que supostamente ajudam a reduzir o colesterol.

Já o açúcar, está presente em todos os lares e de uma forma mais ou menos branda sugere-se que o açúcar é um mal. Eufemismos à parte, milhões e milhões de pessoas de todas as faixas etárias e níveis sociais são viciadas em açúcar. É caso para se afirmar num tom coloquial: come-se açúcar às colheres!

O organismo não está preparado para receber grandes quantidades deste hidrato de carbono refinado. Em si mesmo, o açúcar não contém minerais, proteínas, fribas ou qualquer tipo de enzima. São tudo calorias vazias, pelo que o nosso organismo utiliza nutrientes vitais de células saudáveis para metabolizar este alimento, tornando-o um verdadeiro inimigo, quase um “organismo” parasito, que “consome” nutrientes tão importantes como o cálcio, sódio, potássio e magnésio. É potencialmente perigoso a partir do momento em que para fazer uma conveniente neutralização do açúcar é usado muito cálcio ao ponto dos ossos se tornarem osteoporóticos devido a uma possível deficiência de cálcio.

São necessários sempre mais nutrientes para neutralizar os efeitos do açúcar. Neste processo poderá verificar-se um défice destes nutrientes e assim o organismo não terá as armas necessárias para combater os resíduos tóxicos deixados pelo açúcar, acumulando-os no Cérbero e Sistema Nervoso, promovendo a aceleração da morte celular cerebral.

Não deve esquecer que o açúcar pode apresentar-se em outras formas e que essas também podem ser muito lesivas para qualquer órgão.

O Açúcar refinado, juntamente com os alimentos com um índice glicémico elevado, causam um pico de glicose, obrigando o organismo a libertar uma grande quantidade de insulina no sangue tendo como maior consequência o armazenamento de gordura em vez do seu gasto.

Como nota final, o açúcar promove doenças neurodegenerativas como o Alzheimer, compromete a saúde cardiovascular e anda de mãos dadas com a epidemia da obesidade.



Alimentos a evitar:




- Coca-Cola: Não adianta. A Coca-Cola enquanto empresa tem um fim perfeitamente dispensável e perigoso. Patrocina entidades tão prestigiadas como o Instituto Europeu da Hidratação com o único propósito de garantir os seus lucros e a sua boa imagem como empresa. Como se beber refrigerantes fosse uma forma correcta de nos mantermos hidratados. Hidratação sim. Ingestão de líquidos sim. Refrigerantes não! Muito menos de Coca-Cola. Coca-Cola; zeraste!



- Outros refrigerantes: qualquer refrigerante deveria ser evitado.

- Sumos Naturais: desengane-se se pensa que ao ingerir sumos feitos a partir de fruta natural está a cuidar da sua saúde. Todos os excessos são prejudiciais. Na elaboração de sumos de fruta naturais acabaria por exagerar na quantidade de fruta e a fruta é fonte de frutose e outros tipos de açucares.


Fonte de açúcar a ingerir:



- Preferencialmente frutas inteiras e vegetais: estes alimentos com os seus componentes antioxidantes e anti-inflamatorios revelam-se capazes de estabilizar a glicemia (nível de açúcar no sangue) evitando picos de açúcar.



terça-feira, 26 de outubro de 2010

Princípios básicos de uma dieta paleo/ anti-inflamatória


As dietas actuais são em regra desequilibradas, com uma quantidade de alimentos processados exagerada e com uma racionalidade ausente das mesas. A variedade parece ser a palavra de ordem quando pensamos na dieta, não fosse o desequilíbrio constante e as campanhas de desinformação contínuas, contribuírem para uma panaceia de dogmas que proliferam graças às malhas dos interesses políticos e económicos, relacionados com a indústria alimentar. Não se trata de um regresso ao paleolítico, isso não é urgente, nem realista, o que se afigura importante é restaurar certos pilares básicos da alimentação. Esta deve ser o mais natural possível, com alimentos frescos e provenientes da agricultura biológica. Isto é, uma dieta paleo e anti-inflamatória.Sem complicar muito o primeiro post, deixo algumas dicas para quem deseja repensar a dieta, não esquecendo que esta é pilar fundamental para um estado físico e emocional satisfatório.



  1. Aumente o consumo diário de frutas e verduras

Os alimentos vegetais são ricos em vitaminas e minerais antioxidantes que ajudam a reduzir a inflamação e evitam retenção de líquidos. Frutos silvestres, frambuesas, uva preta ou maças são boas opções. Dê preferência a vegetais de folha verde. As leguminosas devem ser consumidas de forma limitada.



  1. Utilize ervas aromáticas e especiarias

A maioria apresentam um alto conteúdo em fotoquímicos e antioxidantes com propriedades anti-inflamatórias. O jengibre, os orégãos, a salsa, o curry e a curcuma são apenas alguns exemplos.




  1. Aumente o consumo de pescado azul

O pescado azul é a fonte natural mais rica em ácidos gordos ómega-3. Estes ácidos gordos, além de cardioprotectores, têm um efeito benéfico no nosso cérebro, contribuindo para uma saúde mental duradoura. Neste contexto, o atum, o salmão selvagem ou as sardinhas são boas opções.



  1. Coma alguns frutos secos ao dia (sem tostar e sem sal)

As nozes são um dos poucos alimentos com uma boa proporção de ácidos gordos ómega-3 e ómega-6 de origem vegetal. Outros frutos secos ricos em ácidos gordos não saturados com efeitos anti-inflamatórios são a semente de linhaça, as avelãs e as amêndoas.





  1. Escolha bem os óleos vegetais

Priveligie o azeite de oliveira. Evite os óleos vegetais: óleos de girassol, coco, e as margarinas. Estas últimas muito ricas em óleos hidrogenados ou parcialmente hidrogenados, que são daninhas para a nossa saúde.



  1. Elimine as gorduras hidrogenadas e as gorduras trans da sua dieta

Os ácidos gordos hidrogenados ou parcialmente hidrogenados e trans, têm efeitos negativos sobre a saúde. Estão claramenterelacionados com a inflamação. Evite o consumo de gorduras vegetais sólidas como as margarinas e reveja bem os rótulos de bolachas, biscoitos, cereais e outros alimentos processados por forma a eliminar completamente estas gorduras da dieta.



  1. Escolha bem as carnes que consome

O consumo de galinha tem muitos adeptos, principalmente aqueles que têm a intenção de cuidar o peso e melhorar o estado de saúde. Todavia, devemos limitar o seu consumo visto que esta carne apresenta um alto nível de acido araquidônico que contribuiu para a inflamação (se não for enquadrado num regime alimentar variado). A carne de porco (de preferência biológica) e o próprio presunto, apresentam bons níveis de ácidos gordos monoinstaturados e é por isso menos inflamatória. O mesmo acontece com a carne de vaca e cordeiro. O consumo de carnes brancas é recomendável, salientando que não é imperioso que se consuma apenas estas fugindo desse paradigma preconcebido das carnes vermelhas.

Sempre que possível opte por carnes biológicas.


  1. A dúvida dos lácteos

Há muita polémica sobre a inclusão ou não dos lácteos na dieta. Um grande número de pessoas é intolerante à lactosa (açucar do leite) o que enfatiza ainda mais esta questão. Não obstante, como é sabido os lácteos são uma fonte prática de proteínas e cálcio essenciais para uma boa saúde. Assim, o melhor será escolher cuidadosamente os lácteos dando preferência a lácteos proveninentes da agricultura biológica. Opte por leites meio gordos, iogurtes biológicos naturais e queijos frescos preferencialmente. Esteja atento a alternativas como o Kéfir que apresentam um alto valor nutricional ao mesmo tempo que reforçam o seu sistema imunitário graças à presença de probióticos na sua composição.



  1. Tome Chá

O chá é uma fonte de antioxidantes naturais. Os polifenois são potentes antioxidantes que se encontram nos chás, chocolate negro e vinhos. Compre sempre chá de boa qualidade para garantir a qualidade dos antioxidantes.




  1. Pratique desporto

Evite o sedentarismo. Caminhe pelo menos 30 min por dia. E se o tempo permitir tenha um plano de desporto. Bicicleta, ginásio, natação ... idealmente seria praticar desporto durante 3 a 4 horas semanais. É a melhor forma de evitar a inflamação celular, melhorar a saúde física e emocional e evitar o envelhecimento.